quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Edith Piaf,amor e o inesperado.


Ontem assisti a um filme que narra a vida de Edith Piaf, uma cantora francesa muito famosa na década de 50. O que mais me impressionou em sua história foi a maneira como ela amou. Amou com toda sua alma. Amou até o seu último suspiro de vida. Amou um único homem a sua vida inteira. Entregou a sua vida a esse amor: Marcel,era o nome dele.

Um jovem lutador de boxe,casado e com filhos. Ela o conheceu no cabaré onde ela cresceu cantando divinamente.Eles se envolveram,se amaram muito. Mas ele nunca deixou sua mulher e filhos,vai ver por causa das convenções de antigamente ou porque simplesmente não estava pronto para tomar essa decisão.Mas o fato é que ele a amava também. A amava muito.

Piaf era absurdamente louca por aquele homem. Ela respirava Marcel de uma maneira linda e assustadora. Ela o amava pra sempre,tinha amor pra esperá-lo a vida inteira se fosse preciso.

Mas ela só não contava com as incertezas que a vida ia lhe proporcionar. Nós nunca estamos prontos para os acasos.

Um dia qualquer,ela esperava a volta dele de viagem depois de muito tempo sem vê-lo, estava morrendo aos poucos de tanta saudade,tudo o que ela queria era abraçá-lo bem forte e envolvê-lo nos seus braços para todo sempre,amém. Edith estava dormindo quando Marcel chega e lhe afaga o rosto ,a acordando com um beijo longo e estonteante. Ela acreditou que ele estava ali. Mas era somente uma miragem,visão,vontade que estivesse mesmo,sei lá. Porque naquele exato momento ele tinha morrido. O avião que ele estava viajando para revê-la caiu exatamente no instante que ela o sentiu em sua cama.

É uma cena tristíssima.Uma cena muito forte. Fiquei muito chocada da maneira como ela amava esse homem e como essa separação foi tão brusca,sem nenhuma despedida ao menos,sem esperar que isso poderia acontecer .

A gente supõe tão pouco não é?A gente apenas vive. Vai vivendo e vivendo... E por isso talvez a gente não se prepare para o pior. Não trabalhamos com hipóteses do tipo: E SE isso acontecer? E SE não acontecer? E SE algo tão forte acontece que te separa pra sempre de quem você ama muito?E SE você nem disse eu te amo pra essa pessoa nunca na vida por orgulho, medo ou vergonha? E SE aquela vez foi a última vez que você beijou, que você sentiu o seu amor?

E SE? Hein? E SE... O que você faria se o “e SE...” virasse realidade? O que você faria se você estivesse esperando ansiosamente pelo amor da sua vida e acontece uma tragédia dessas que aconteceu com Edith Piaf? Não gosto nem de pensar nisso. Dói muito só de pensar.

Texto bobo. Mas existe tanta coisa que eu queria colocar, uma explosão de sentimentos, pensamentos intrínsecos nele. Repensei muita coisa depois do filme e resolvi escrever isso aqui pra que vocês também possam parar pra refletir os acasos da vida, a imprevisibilidade, o talvez... Sei lá, é isso.

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